quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Dá pra melhorar?

Volta e meia ouço esta pergunta.

Sempre dá pra melhorar, seja lá o que for!

A pergunta por trás da pergunta do título seria:
Dá pra melhorar...a que custo?

Veja um exemplo:
Uma 12AX7 NOS custa por volta de US$15,00. Uma nova feita pela Golden Dragon US$9,00.
Uma Telefunken ECC803-S (variante alemã/holandesa da boa e velha 12AX7) custa US$ 1.295,95 ( http://www.tubedepot.com/pa-ecc803s-tele.html )

Será que o som desta válvula é 100 vezes melhor?
Com certeza é melhor, mas quanto? Será que dá pra medir? E o amplificador em si? Vai trocá-lo também em função da válvula? E as caixas-acústicas? Vai colocar um par de Midgards com cornetas de 2m de diâmetro???

A procura pelo som perfeito é semelhante àquela do Santo Graal.
...Ás vezes me vejo como um dos Cavaleiros fazendo perguntas aos "Parsifals" de plantão...


PS.: se não tiver o que fazer com a grana, aí vai uma dica: ( http://www.tubedepot.com/we-252a-as2.html )



quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Vácuo comprometido

Meus caros,

Abaixo algumas fotos autoexplicativas do que acontece quando entortamos uma válvula em seu soquete.
A trinca:

...e o vácuo foi pro espaço...



Com o Oxigênio na parada, o getter fica esbranquiçado. Notem que na válvula ao lado, o getter está OK.

Eu que vivo alertando meus clientes sobre os cuidados que devem ser tomados, acabei confiando demais na prática...

Olha no que deu.


Ainda bem que não eram minhas Müllards!


http://www.amplificadores.com.br/

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Simulador de saídas balanceadas - Final

Abaixo o simulador em ação:



Como vocês podem observar na foto, do lado esquerdo para o direito temos: a tomada de 3 pinos IEC para a rede (127Vac), o fusível (1A), a chave ON/OFF e o led de indicação de alimentação.


Em seguida os dois conectores de entrada selecionáveis (RCA e BNC-conectado ao meu gerador de áudio de precisão Anritsu 603) e a chave de três posições, sendo que a posição central desconecta a entrada fazendo a função MUTE (sem sinal).


No centro e à direita vemos os dois conectores Cannon fêmea e macho (o que está sendo usado) ligados em paralelo internamente visto que, apesar da norma existente EIA Standard RS-297-A, apenas alguns fabricantes a seguem.


E finalizando, temos um cabo com um Cannon macho de um lado e uma fêmea do outro, possibilitando ligar qualquer equipamento, da norma ou não.


Abaixo o esquema para quem quiser se aventurar.



Faça o download do diagrama esquemático em: http://www.amplificadores.com.br/Index_arquivos/Page435.htm


www.amplificadores.com.br

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Simulador de saídas balanceadas - parte 1

Como vocês devem estar acompanhando no meu website, twitter e blogs, projetei uma placa adicional para ser utilizada em conjunto com o G4 e com o V2 de modo a permitir a conexão com dispositivos que possuam saídas balanceadas tipo XLR de 3 pinos (Cannon).




É o LPJ XLR Pro v2.




Para testar os G4s e V2s com esta nova funcionalidade acabei projetando também um pequeno gerador de saídas balanceadas para conectar em qualquer fonte de áudio, seja gerador de funções ou dispositivo de música (CD, DVD, mp3, etc).
Você pega um sinal de áudio qualquer (Single-ended) e transforma em balanceado (BAL). Pode ser um RCA vindo de quelquer fonte sonora ou o BNC vindo do gerador de funções.
O sinal é tratado e as impedâncias das linhas (+) e (-) são equalizadas em relação ao comum (GND), transformando este sinal em saída balanceada, que pode ser usada para testar qualquer equipamento que possua este tipo de conexão na entrada.
No próximo post publicarei o esquema do circuito utilizado e uma foto do equipamento de testes que montei.
Espero que sja de alguma serventia para o pessoal DIYers.
Grande abraço.




segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Conectores e válvulas. Fazer ou não um upgrade?

Um cliente me mandou hoje as fotos dos conectores que comprou para fazer um upgrade nos terminais de seu V2-SE. Muito bem acabados, por sinal.
Além disto, me perguntou se valeria a pena trocar as válvulas que normalmente utilizo por outras.
Como estas são dúvidas que ouço com uma certa frequência, resolvi reproduzir abaixo, o mail da resposta que enviei.

Espero que ajude a todos os buscadores do áudio perfeito.

Divirtam-se!


"Olá B.

Visualmente os conectores são muito bonitos. Acho que valerá a pena fazer a troca do ponto de vista estético, sem dúvidas. Eu uso os conectores torneados com flash de Ouro. Se estes forem dourados (pelo processo galvânico) a camada é bem maior e mais resisitente às trocas frequentes de cabos e, se este for seu caso, aí valerá a pena.

Do ponto de vista elétrico não existe diferença mensurável no resultado final (para a faixa de áudio 10Hz a 20kHz) entre os materiais normalmente utilizados para as conexões. Lembre-se que o efeito Peltier-Seebeck sempre aparece na junção de dois metais diferentes quando submentidos à uma corrente elétrica. Portanto, quanto menos ligas e materiais uns sobre os outros, menores as chances de produzirmos ruídos (térmico, de contato, oxidações etc).

Nos meus equipamentos de uso particular, sigo as dicas do Mr. Bruce Rozenblit: RCAs e Binding-posts de latão (brass) com a maior bitola possível. Só isto.
É na bitola, na espessura dos metais e na pressão de contato que ganhamos alguma coisa, e não nas caríssimas ligas de Ródio, Platina e Ouro que, do ponto de vista elétrico são praticamente idênticas ao Estanho, Chumbo e Cobre que estão aos montes espalhados pelo circuito do seu equipamento logo atrás dos caros conectores de Ouro.

Isto me lembra outra situação. Um cliente precisava do JUNO para seu estúdio. Urgente.
Ele deveria entregar um trabalho e dependia do equipamento para a execução da terefa. De cara, contra a minha filosofia de trabalho, comecei a correr para entregar o equipamento. Perto do final me disse que queria Binding-posts com acabamento de ouro. Só que para importá-los levo mais um menos 15 dias quando vêm dos EUA e uns 35 dias quando vêm da Ásia. O equipamento já estava pronto e ele forçando a barra para a entrega.

Levei para ele com os conectores padrão. Ele não aceitou o equipamento e acabou comprando um estado sólido para fazer o serviço. Tudo por conta de uma conexão dourada.
Veja bem;
- Logo antes destes conectores que ele queria de liga "Pt-Rh-Au criogenizado e cristalizado no hiper-espaço", temos 4 kg do bom e velho cobre esmaltado* (e cheio de oxigênio...) no transformador de saída!
E isto é para qualquer amp valvulado com transformador de saída. Dos Conrad-Johnson(s) aos Audio Note(s).

Tudo é uma questão de ponderação.

Já as suas válvulas são SOVTEK. Das várias marcas que utilizo, as SOVTEK são as que têm as especificações mais próximas umas das outras. Do ponto de vista auditivo, você não notará uma diferença que compense investir US$80,00/válvula para comprar uma Müllard NOS, por exemplo, ou uma Telefunken Gold Pin, mais cara ainda.

Se quiser fazer a experiência, é sempre válido e, de repente, você pode achar um trio fabricado na Quarta-feira**, que pode render boas surpresas.

É isto.

Estou aqui para ajudá-lo no que você quiser fazer. É só avisar.

Grande abraço.

Atenciosamente,

* 4kg de cobre representa mais ou menos uns 200m de fio esmaltado e cheio de oxigênio e outros gases adsorvidos! Sim, adsorvidos aos montes.
** Na Segunda o peão está cansado da farra do Domingo. Na Terça, está começando a entrar no ritmo. Na Quarta não tem jeito: tem que trabalhar! A Quinta é véspera da Sexta, logo é dia de diminuir o ritmo. Sexta é Sexta, dia de festa. Portanto quando acho algo bem feito, digo que é um produto de Quarta-feira.




segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Dicas simples para os "Tube-heads"

Meus caros,

As válvulas eletrônicas, grosso-modo, são lâmpadas com alguns elementos lá dentro além do filamento que acende.
Ok.
É mais complexo que isto, mas para o que vou dizer à seguir, a analogia é válida 100%.

Um cliente me ligou preocupado com o comportamento das suas válvulas.
Passei algumas dicas que reproduzo abaixo e que servem para todos. Os "Tube-heads" mais experientes podem pular esta parte...
Vamos lá:
  1. Limpe suas válvulas regularmente para mantê-las sem poeira ou marcas de dedos e outros agentes químicos sobre o vidro. O gradiente térmico variando abruptamente em regiões adjacentes no vidro faz com que apareçam tensões superficiais capazes de trincá-las, como as lâmpadas halógenas dos faróis dos carros. Use pano limpo, seco e de algodão, de preferência.
  2. Nunca force a valvula inserida em seu soquete, lateralmente. Isto pode forçar os pinos da base e trincar o slug que se forma em torno dos pinos, provocando a entrada de ar no bulbo que deveria estar evacuado completamente (vácuo perfeito).
  3. Quando a válvula estiver quente, nunca toque a superfície do vidro sob pena de ocorrer o descrito em 1). Ao desligar seu equipamento, espere esfriar para manipulá-las.
  4. Quanto ao visual. Observe que os elementos internos devem estar alinhados e "no prumo" entre eles. Hastes tortas, grades faltando pedaços ou desalinhadas denotam excessos a que estas válvulas foram submentidas.
  5. Elementos internos soltos e fazendo barulho dentro do bulbo também são sinais de problemas, salvo raras exceções, onde o material não tem a ver com metal stripping ou elementos soltos após uso abusivo.
  6. O filamento deve se acender uniformemente e ficar de cor alaranjada para as válvulas de filamento à base de ligas de bário (a grande maioria das pequenas e médias válvulas). As válvulas de aquecimento direto (onde o filamento e o cátodo são o mesmo elemento, por exemplo as 2A3, 6B4G, 47, etc) podem apresentar pequenas variações da coloração ao longo do filamento visível. As grandes válvulas de filamento de tungstênio toriado se acendem como lâmpadas emitindo luz branca ou amarela intensa. Exemplos: 211, 811, 845, 4CX10000. O melhor ambiente para observar isto é uma sala escura, de preferência à noite. Em algumas válvulas pequenas só é possível observar o filamento olhando-se por cima do bulbo, onde é possível identificar o filamento brilhando dentro de um pequeno tubo metálico (cátodo), ou prestando-se muita atenção na base da válvula onde vemos o brilho refletido internamente.
  7. Algumas válvulas podem apresentar um brilho azulado pelo lado de dentro do bulbo. Isto é normal para as válvulas de feixe-dirigido (onde se forma uma mini-aurora-boreal azul - normal nas 6L6, EL34, KT88, etc). Para outras válvulas, onde isto denota uma falha, esta névoa azulada vem acompanhada de cliques e estalidos. Fique atento. Isto é sinal de grades problemas!
  8. Válvulas de potência, principalente os beam-tetrodes, pentodes e grandes triodos de transmissão, quando ficam com as estruturas internas avermelhadas, é sinal de que falta polarização correta de algum elemento: grade, screen, placa, etc. Isto também é problema, e dos grandes!
  9. Getter. A maioria das válvulas (não todas!) possuem o getter visível. Também é visível o espelhamento produzido por ele na queima, em uma das faces do bulbo. É uma camada escura e espelhada interna, como se fosse um chamuscada de alguma coisa pulverizada pelo lado de dentro. Sua cor deve ser escura (cinza, prata ou marrom) e uniforme. Se a válvula perde o seu vácuo, o getter começa a se tornar esbranquiçado. Com o passar do tempo torna-se uma película totalmente branca e que pode até começar a se desprender do vidro em pequenas lâminas e despencar para dentro da válvula.
  10. Aprenda a identificar os diversos elementos internos pela observação. Você com o tempo, aprenderá a chutar que válvula é (ou pelo menos ao quê se aplica, de maneira genérica) só de olhá-la. Saberá identificar uma retificadora, um triodo simples, um duplo, um pentodo, uma válvula multi-elementos (triodo-diodo, diodo-pentodo, etc), tetrodo, pentodo de raio dirigido (beam-pentode), damper, uma multi-grid, etc.
  11. Na dúvida se sua válvula está OK ou não, mande-me uma fotografia em boa resolução com a opção MACRO da sua câmera acionada. Faça a foto sob iluminação solar indireta, de forma que a fonte de luz não fique refletida no bulbo de vidro. Em última instância, embale a válvula e envie pelo Correio. Em nosso laboratório possuímos alguns Valve-Testers calibrados capazes de identificar 99,9% dos problemas, inclusive os invisíveis.
  12. E por último. As válvulas bem tratadas funcionam perfeitamente por décadas! na verdade, até quando mal-tratadas, algumas continuam a dar o seu melhor...por esta e por muitas outras é que eu amo as válvulas!
Abraços!
Luciano



terça-feira, 26 de outubro de 2010

211!!!!

Chegaram as minhas, tão esperadas, 211.


O primeiro passo é fazer a fonte de alimentação.
1000Vdc de ânodo vão dar um pouco de trabalho, espero que a "turma do trafo" faça a minha receita direitinho, senão vai pular faísca pra todo lado!


Assim que a fonte ficar pronta começa a brincadeira de verdade.


Acompanhem a saga neste blog.


Grande abraço.


http://www.amplificadores.com.br/

domingo, 24 de outubro de 2010

Fonte de Bancada Valvulada 3

Meus caros,


Entre "tapas e beijos", finalizei a fonte de bancada valvulada baseada no design do Mr. Rozenblit, publicado na revista Glass Audio em 1990.
Foram várias modificações para adaptá-la aos transformadores e demais componentes que tinha disponíveis.
Algumas correções e adaptações para que os instrumentos de painel tivessem seus spans acertados e a colocação de alguns pontos de ajuste que faltavam no projeto original.


Agora sim. Temos uma fonte funcional com as seguintes características:
  • Saída em duas faixas: 150-300Vdc e 300-600Vdc.
  • Corrente em 4 ranges: 3mA, 15mA, 30mA e 150mA.
  • Proteção de curto-circuito e sobre-corrente em função da escala selecionada.
  • Botão de desarme da saída para evitar a destruição dos circuitos ligados à ela.
  • Botão de rearme na mesma botoeira.
  • Várias indicações luminosas para facilitar a operação.
  • Fonte de -BIAS independente
  • 3 escalas selecionáveis de -BIAS: -3, -30 e -90Vdc.
Em breve publicarei no website http://www.amplificadores.com.br/Index_arquivos/Page435.htm, na página de downloads, todos os detalhes para aqueles que queiram se aventurar e encarar o desafio.
Esquema corrigido e atualizado, bem como o diagrama bifilar usando como plataforma as placas de ilhóses tipo Fender 50´s, comentada em post anterior.

Grande abraço.

www.amplificadores.com.br

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cápsulas para toca-discos: MM x MC

MC or MM?
As escolhas que os novatos no mundo do vinil têm de fazer são inúmeras.
Por exemplo, para seu primeiro toca-discos você escolheria um tipo belt-drive ou direct-drive, ou ainda um com acionamento acoplado por roldana. Como deveria ser o prato? Sólido com uma grande massa ou mais leve e suspenso. Além destas escolhas básicas sobre o modo de construção mecânica do equipamento, os novatos ainda têm que decidir sobre os braços, cápsulas, agulhas, pivôs, acionamentos etc. Para as cápsulas, seria uma MM com altos níveis de sinal na saída ou uma tipo MC com sinais bem menores? Esta é a questão maior entre os diversos fabricantes e top designers. Não resta saída ao novato confuso senão perguntar a alguma autoridade no assunto entre seus amigos e contatos nos diversos fora pela Internet, alguém que tenha um pouco mais de experiência girando discos há mais tempo. Outros ainda escolhem seu set de acordo com seu budget e pelos reviews de revistas especializadas.
Um pouco de conhecimento técnico sempre ajuda na hora de tomar as decisões. Devido ao curto espaço, focaremos na escolha entre os tipos de cápsulas, limitando nossa discussão aos tipos MM e MC.

Para os iniciantes as cápsulas MM são a escolha óbvia. O termo MM (moving magnet) se refere ao método usado para regenerar a música gravada nos sulcos do disco de vinil. Funciona assim: Um pequeno e poderoso ímã (hoje em dia, terras-raras) acoplado à uma alavanca terminada em uma agulha de diamante, que na verdade percorre os sulcos do disco, traduz o movimento radial e axial da alavanca em variações do fluxo magnético dentro de um arranjo geométrico de bobinas captadoras feitas com fios extremamente finos. Como explicado este movimento do ímã gera um pequeno sinal elétrico que então é levado à entrada especial (equalizada de acordo com o padrão de gravação, geralmente o RIAA) do circuito pré-amplificador de Phono, de modo que este sinal possa ser amplificado até níveis compatíveis com os circuitos amplificadores padrão (em torno de 2Vpp). Uma saída típica de cápsulas MM é em torno de 5mV (0,005V!). Posto isto, dizemos que o sinal da cápsula é ligado diretamente à entrada do circuito de pré-amplificação de Phono. Estas cápsulas são relativamente robustas (mecânica e eletricamente), sendo então as indicadas para uso pelos novatos.

As cápsulas MC usam um sistema motor muito similar às MM exceto que no caso das MC, o ímã é fixo internamente e quem se move acoplado à alavanca que porta a agulha são as bobinas axiais e radiais, acompanhando os sulcos do disco através da movimentação da agulha (stylus). As bobinas presas à alavanca possuem poucas voltas de fios, tornando o conjunto mecânico muito mais leve e delicado, permitindo a movimentação com praticamente nenhuma inércia, reduzindo a impedância total e a indutância (relutância intrínseca). Estes fatores propiciam uma resposta em freqüências (BW) muito maior e uma resolução às pequenas variações dos sulcos que trazem informações de baixo nível incrivelmente aumentadas. Isto faz das cápsulas MC tecnicamente superiores às cápsulas MM, porém toda esta tecnologia tem seu preço e suas desvantagens tornando-as pouco utilizadas. O principal problema é o seu custo de produção (e conseqüentemente o custo final ao consumidor). Não se restringindo somente ao custo da cápsula, temos o custo total dos demais subsistemas, incluindo os pré-amplificadores, transformadores elevadores e demais circuitos associados, pois a saída típica de uma cápsula MC é de aproximadamente 0,2mV (0,00002V!), ou seja, em torno de 25 vezes menor que o sinal gerado por uma cápsula MM. Isto requer estágios extras de amplificação ou delicados e caros transformadores step-up (elevadores) com laminação de ferro-níquel (Permalloy). Caso seja usado um sistema externo ao TD, soma-se ainda o custo de um par de cabos de boa qualidade para levar os fracos sinais até o conjunto pré-amplificador. A cápsula MC mais barata do mercado é muitas vezes superior ao custo de uma cápsula MM mediana ou até mesmo top de linha, dependendo do fabricante. Dificilmente encontramos cápsulas MM custando acima dos U$1.000,00, porém achamos facilmente cápsulas MC começando a partir dos U$10.000,00!
Além do fator custo, temos o problema da fragilidade das cápsulas MC em relação às suas primas MM, este fato é o responsável pelas MM reinarem absolutas no universo dos DJs e demais profissionais da área. Elas agüentam bravamente todos os abusos da utilização doméstica no dia-a-dia, seja com o uso de discos em condições duvidosas, seja na bancada de scratch de uma balada de 24 horas.

Para as pessoas que estão começando a colocar seus discos de vinil a girar, a melhor escolha, sem dúvidas, é um sistema com cápsulas MM. Se for corretamente configurado, não será perdido nada em termos musicais de performance sonora e divertimento propiciado. Comparando com um sistema de cápsulas MC, poderemos notar a queda de resolução de baixo-nível, que praticamente é imperceptível para os usuários medianos (excetuando-se os golden-ears que são 1 em cada 2.0000.000 de humanos). Levando-se em conta que um sistema MC mal dimensionado pode soar horroroso e muitas vezes mais pobre que um sistema mediano MM bem dimensionado, concluímos que a altíssima definição das cápsulas MC pode ser um fator que age contra ela.
Em minha opinião, estou muito feliz com um sistema MM relativamente barato. È perfeitamente possível conseguir um som bem satisfatório com o uso de uma correta combinação de cápsula MM, braço e TD medianos. Tente usar uma caríssima cápsula MC com um braço/TD medíocres e veja por si o resultado. Isto se deve ao fato de que, na hierarquia da reprodução sonora dos discos de vinil, a cápsula ocupa o menor ranking de importância quando se considera o sistema mecânico do braço (incluso o Shell, a susupensão e o pivotamento) e o sistema de tração do TD.

Espero ter ajudado os iniciantes do mundo do vinil a escolher melhor seu “setup de entrada”
Tradução livre de um texto da Internet (que também estava sem créditos)
Luciano Peccerini Junior
  1. MM=Moving Magnet. Como o próprio nome diz, trata-se de uma montagem interna à capsula onde a agulha presa à alavanca possui um pequeno ímã que se move de acordo com os sulcos do disco em um arranjo de bobinas captadoras. A força eletromotriz gerada nestas bobinas são as traduções elétricas diretas do sinal gravado nos sulcos do disco.
  2. MC=Moving Coil. Análogo ao sistema anterior só que quem se move desta vez são as bobinas dentro de um campo magnético fixo. Devido às suas características construtivas, o número de voltas das bobinas é bem menor, gerando uma força eletromotriz muito mais baixa, porém com reatâncias e resistências envolvidas muito menores, permitindo uma maior definição sonora e maior banda-passante.
  3. Via de regra as cápsulas MM permitem um fácil intercambio de agulhas, ao passo que nas MC, o conjunto mecânico é um monobloco fixo, muito mais caro e delicado.
  4. Belt-drive: acionamento por correias do sistema de tração do prato.
  5. Direct-drive: acionamento direto pelo motor acoplado ao prato. Temos ainda o sistema de roldanas que é um intermediário, por assim dizer, entre os sistemas citados.
  6. Tonearm; braço do toca-discos (TD). Shell: estrutura que suporta a cápsula e agulha (stylus, plural stylii).
  7. Golden-ears. Pessoas que possuem a capacidade inata (ou aprendida) de identificar particularidades do som que as demais pessoas não possuem. Variações de fase, freqüência, banda-passante estendida, etc.

Passem por lá:

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Fonte de Bancada Valvulada - 2

Está no ar a primeira versão do esquema eletrônico e do diagrama de montagem bifilar.
http://www.amplificadores.com.br/Index_arquivos/Page435.htm

Como disse anteriormente, assim que finalizar os testes e corrigir todos os bugs (se houverem) publicarei o novo relaese. Até lá, divirtam-se!


Esquema em: http://www.amplificadores.com.br/Index_arquivos/Page435.htm


Diagrama de montagem em: http://www.amplificadores.com.br/Index_arquivos/Page435.htm

De quebra vai um estêncil para o MS-Visio que permite fazer os seus próprios diagramas de montagem.
http://www.amplificadores.com.br/Index_arquivos/Page435.htm




www.amplificadores.com.br